A JSD Cacém esteve presente no último debate do Fórum Portugal de Verdade, desta vez dedicado ao tema «Velhos e Novos pobres».
Com a enérgica participação de Manuel Lemos (Presidente da União das Misericórdias), César das Neves (Professor da Universidade Católica) e Maria José Nogueira Pinto, o debate trouxe-nos várias perspectivas sobre o que sabemos ser o flagelo dos dias de hoje, grandemente causado pela extrema dependência que temos do Estado, que se tornou o «pai de todos os portugueses».
Uma conclusão comum e ideologia a defender: descentralização e fomento do empreendorismo não se fazem com paternalismos. «Deixem-nos trabalhar!», pediu Manuel Lemos!
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2 comentários:
Antes de mais, queria dar os parabéns à “J”, por este novo espaço de informação e reflexão.
Numa altura em que as pessoas se alheiam, cada vez mais, da política é com espaços destes que se cria a chamada “proximidade”.
Um bem-haja.
Relativamente ao tema, permitam-me que acrescente o seguinte:
O perfil tradicional dos pobres em Portugal sofreu grandes alterações nos últimos tempos.
No passado os pobres em Portugal eram os idosos e os desempregados, ultimamente, são pessoas que estão concentrados nas grandes zonas urbanas portuguesas, que até têm um emprego, salário fixo ao final do mês, mas cujo rendimento não chega para cobrir as despesas, atrasando-se, sistematicamente, no pagamento das despesas fixas (como a mensalidade da casa, água, luz, gás, electricidade ou até as creches dos filhos).
Não devemos esquecer ainda os casos de trabalhadores a recibos verdes e outros afectados pela precariedade do emprego.
Urge políticas de inclusão que partam, quer do Governo, quer da sociedade civil, no sentido de apetrecharem as instituições que trabalham no terreno tornando-as mais eficazes por forma a darem respostas mais rápidas a quem precisa.
Foi precisamente esse o ponto do debate.
É preciso incluir e evitar as esmolas que criem aquela dependência desenfreada. São precisas mentalidades mais empreendedoras, mais arrojadas, que ousem mais e ambicionem mais.
Os portugueses precisam de ser despertados e não é com as políticas deste executivo que vão fazê-lo.
Parece-me que, desta forma, em vez de procurarem independência face ao Estado, o nosso país precisa cada vez mais dele, mas de uma intervenção que não é saudável e que atenua somente os sintomas, mas não resolve a causa do problema.
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